A minha relação mais imediata e sensível
com as pessoas e os lugares estabelece-se através do olfato. Reconheço-lhe o
poder de me seduzir para um local onde, em algum momento, despoletou sensações gratas,
de me aproximar ou afastar de pessoas, de aderir ou recusar inconscientemente
determinadas situações.
Têm a intrigante capacidade de desencadear
memórias de infância, de nos fazer cativar por um sítio ou uma pessoa, de nos
levar a repetir comportamentos, de avaliar as pessoas. O mundo dos cheiros é
fascinante; agradáveis, neutros, repelentes, intensos ou delicados,
inesquecíveis ou apenas fugazes – aromatizam a vida.
Como se regista e guarda no cérebro a
memória de um cheiro? De que são feitos os cheiros? Quando “cheiramos” um odor
ele entra em contacto connosco?
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